No mês de julho, dois homens morreram no estado de São Paulo em decorrência da criptococose, conhecida popularmente como doença do pombo. As mortes reacenderam a preocupação com a proliferação desses animais. A criptococose é transmitida através de um fungo, presente nas fezes dos pombos, chamado de cryptococcus, que pode ser inalado pelos seres humanos.
O médico infectologista George Trigueiro explica quais são os sintomas da doença.
“Começa com febre, tontura, dor torácica, sonolência, apatia, febre alta, podendo levar até atingir o sistema nervoso central, e resultar em crises convulsivas”, disse.
Trigueiro também explica sobre a forma de tratamento e os perigos da evolução da doença.
“Para tratar essa doença, tem que ser uma medicação antifúngica. Não adianta fazer o uso de antibiótico para tratar fungos. Essa doença começa, às vezes, com uma simples infecção respiratória, e dependendo da imunidade do paciente, pode desenvolver uma pneumonia grave, mas não é uma pneumonia bacteriana, é uma pneumonia fúngica. Se não fizer o tratamento adequado, pode-se levar uma meningite, que é a doença do sistema nervoso central”, alertou.
Segundo o médico, a criptococose não é a única doença causada pelas fezes dos pombos.
“Pode transmitir outra doença que é a histoplasmose, que é outro tipo de fungo. Pode transmitir também a salmonelose, que é uma bactéria que contamina as fezes aos alimentos, e as pessoas ingerindo esses alimentos contaminados podem ter uma infecção digestiva. Isso pode resultar em dermatites, em alergia, ou várias outras doenças que podem ser transmitidas através das fezes do pombo”, concluiu.